Mulheres infectada pelo vírus da Zica na gestação tem um risco aumentado de ter filhos TEA

De acordo com o estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em 2024, mulheres infectadas pelo vírus da Zika durante a gestação têm um risco aumentado de ter filhos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) [1]. Essa pesquisa, conduzida por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e do Institut Pasteur de São Paulo, entre outras instituições, investigou os efeitos da infecção pelo vírus da Zika na gestação e seu possível vínculo com o TEA.

Principais descobertas do estudo da USP em 2024:

  • O estudo utilizou ensaios in vitro em animais e acompanhou crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ) desde 2015 [1].
  • Os resultados mostraram que o vírus da Zika é capaz de se replicar nas células do sistema nervoso central, afetando a captação de glutamato pelos astrócitos, células que desempenham um papel importante no suporte dos neurônios [1].
  • Além disso, a infecção pelo vírus da Zika levou à produção de citocinas inflamatórias, como a interleucina-6 (IL-6), e causou alterações no comportamento e desenvolvimento dos neurônios, semelhantes aos observados em pessoas com autismo [1].

É importante ressaltar que nem todas as mulheres infectadas pelo vírus da Zika durante a gestação terão filhos com TEA. A predisposição para o desenvolvimento do TEA em crianças expostas ao vírus da Zika durante a gestação é resultado de uma combinação de fatores, incluindo fatores ambientais e a resposta imune da mãe à infecção [1].